O valor da amizade

Charge extraída da Gazeta do Povo
Dia destes, eu vi este texto do (agora) saudoso mestre Armando Nogueira e resolvi repassar para o conhecimento dos amigos, sejam aqueles que encontramos todos os dias ou casualmente, seja em um buteco tomando uma gelada ou no trabalho, mas que sempre estão dispostos a dividir conosco seu tempo e momentos inesquecíveis.

"O Valor da Amizade

Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?

Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos, em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.

Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.

A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal, momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento, passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.

Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão, às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados, acabamos sendo injustos com ele e isso pode ser recíproco.

Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.

Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.

Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido, compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.

São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.

Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.

É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.

Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.
"

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O Rei do Happy Hour - crônicas de viagem

Caro leitor, eu voltei.

Sim, O Rei do Happy Hour acabou se ausentando de seu habitat natural em prol de uma melhora em meu corpo ridiculo, assim com a coluna Garrafologia (a qual o seu escritor, 'apenas para constar': tá com uma barriga "judiada", que beleza!).

Porém, vocês sabem, o blog não pode parar. E Dona Hangover, minha companheira (in)desejável das manhãs, já estava com saudade.

O post de hoje relata uma aventura gastronômica/etílica pelo Rio de Janeiro, na mística Ipanema. Sim, lá mesmo. Vejam vocês, o quituteseacecipes desvenda não somente a vida noturna paranaense, mas se internacionaliza (?!), buscando a plenitude anarco-psico-pato-gastronômica-alucinógena nas grandes megalópoles brasileiras!!!

Mas vamos lá. Cheguei em Ipanema, dei uma volta... E contextualize, caro leitor: com uma câmara na mão, pedindo pra ser assaltado (mas o Sergio Cabral e o Lula disseram que o Rio é "susse like a mousse", então acreditei). Até que encontrei uma chopperia em que um grande BUGIO adornava a entrada. Chamava-se Banana Jack, e tinha um visual meio praiano, hawaiiano. Achei legal, tava sozinho mesmo, então entrei.

Peguei o cardápio e me deparei com as opções: Chopp de Banana, Pinga de Banana, Banana Frita, Drinks diversos de banana, penne de Banana (?!), Carré de Banana (!?).

Jack Johnson
Ahn!? Tudo bem, esqueçam 60% das iguarias que mencionei. Mas garanto: o chopp de banana (que nada mais era que essência de banana em 5 gotas dosadas em conta-gotas, adicionado ao chopp brahma) era incrivel. Tanto que tomei 6 canecos de 500 ml em 15 minutos. Muito prudente.


Pinga de Banana



A sensação de estar me embriagando novamente, me deixou animado. Pra quê ver quanto custa, não é mesmo? Fui tomado pela 'síndrome de milionário', típica de bêbados autistas, e passei a degustar de drinks com nomes temáticos: Jack Sparrow, Jack Nicholson, Jack Johnson - todos à base de vodka, rum, banana, cachaça... Aliás, pedi 3 doses de pinga de Banana... e uma porção de Onion Rings pra (tentar) dar uma rebatida.



Ah, enfim. Sozinho, com uma câmera na mão, comecei a fotografar (como se pode ver pelas fotos), inocentemente, tudo que bebia e comia. Mas nunca, jamás, subestime um bêbado...

O garçom perguntou porque eu tirava fotos, e eu, usando de minha argúcia, respondi:
'- Escrevo para o quituteseACIPES'. (sim, eu errei o nome do Blog).
Caro leitor... nunca fui tão bem tratado. Me senti um enólogo dentro de um festival de vinho. E paguei metade da conta, claro.

Tremam, donos de bares deste Brasil a fora. Sempre haverá um emissário do Quitutes & Acepipes rondando seu estabelecimento, em busca de novidades. E querem saber o veredicto? Ah sim: recomendo, lo-lo-logico. Sempre que o cliente é bem-tratado, tem à sua disposição comida e bebida de qualidade e variedade, o boteco terá seus méritos reconhecidos. Fica a dica.
"Um homem inteligente é as vezes forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens" (Ernest Hemingway - 1899-1961)

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Domingo? Qual opção?

Domingo a noite. Bate aquela fome e você pensa: qual a melhor opção para o final de semana?


Eu digo que uma ótima opção, se você gosta de carnes e de variedade, é passar no Spetinho's Grill Choperia (Av. Tiradentes, nº 133).



Lá pude provar diversos espetinhos, desde o tradicional intercalado (carne, pimentão, cebola e tomate) até o de picanha de porco, sem falar no pão de alho, de queijo coalho e nos de frutas (olha, a Li recomenda aquele de morango com chocolate que, segundo ela, estava uma delícia).




Fica aqui a dica pra quem está sem opção e quer aproveitar um bom aperitivo com uma cerveja ou um chopp gelado.

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MACANUDO - Liniers

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Almocinho de domingo







Aos domingos costumamos rumar para a casa dos pais: jogar conversa fora, arrumar os pratos todos numa mesa grande, andar de pé descalço; enfim, sentir aquela coisa boa que só os lugares mais íntimos trazem.
Esse domingo não foi diferente. Só que o clima (das pessoas e do dia) e a comida estavam tão bons, que não me contive em postar um pedaço da nossa alegria.

Essas foram as fotos do nosso pequeno almoço... E viva a familiagem!

p.s. os ingredientes da salada compramos no Mercadão de Maringá; a moranga está muito barata mesmo na feira do produtor; os camarões... ah, esses vieram direto de Floripa (não tem preço).

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Garrafologia: pílula literária

Extraída do livro “Tripa de cadela e outras fábulas bêbadas”, de SAM SHEPARD

Por ti chorei lágrimas de rodoviária, lágrimas com poeira de estrada perdida, lágrimas e poeira que viraram maquiagem de lama, tijolos d´alma, emendei lotações e fronteiras, gastei botas, mascaras e joelhos... e contei passos de crimes & castigos, por ti esperei em hotéis baratos do centro, porta aberta, mão no coração, faca no peito, por ti bebi como uma mosca caricata de boteco, fiz lirismos chinfrins em guardanapos, sempre começando assim “por ti” etc e algum verbo que representasse um esforço da porra ou o mais puro exibicionismo de uma dor tão gasta que nem mais combinava com os meus drinques caubóis nem muito menos com as minhas elegantes vestes rotas de mendicância, ah, o seu orgulho não vale uma canção triste do Roy Orbinson.

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Super Muffato: picanha estragada


Hoje tem jogo do Coringão na Libertadores. Como de costume, saí do trabalho e fui comprar uns acepipes pra acompanhar a Skol gelada na hora do jogo.

Resolvi passar no Super Muffato, e a picanha estava em promoção, por R$ 18,99. Estranhei que a carne não estava embalada a vácuo, como de costume. Outra coisa que achei diferente, foi o fato de que a picanha havia sido posicionada na bandeja de isopor com a capa de gordura voltada para baixo. Mas o aspecto, a princípio, era de uma carne normal... Resolvi comprar uma pequena peça.

Chegando em casa, abri a bandeja e virei a peça, para ver como estava a capa de gordura. Quase vomitei! A gordura estava esverdeada. O cheiro estava horrível; azedo.

Fiquei indignado.

Mas o jogo do Coringão merecia ser acompanhado de picanha. Troquei a roupa, peguei o carro e fui ao Supermeracado Bom Dia. O mais perto de casa. Comprei outra peça de picanha. Paguei R$ 16,90 o quilo, e a picanha está com a aparência muito bonita. Já a fatiei. Capa de gordura com altura média e a carne propriamente dita está com a consistência, o cheiro e a cor normais e esperadas.

Aliás, quando voltei pra casa, o cheiro da picanha do Super Muffato era simplesmente insuportável. Como ela ficou alguns minutos fora do refrigerador, a podridão deu o ar da graça, empesteando o ambiente.

O Super Muffato até então era uma referência de qualidade de açougue para mim (claro que não se compara com o Ribeiro, lá na Av. Pedro Taques). Mas desta vez me decepcionou profundamente.

O pior é que embalar a carne com a capa de gordura virada para baixo dá indícios de má-fé do estabelecimento, pois faz presumir que houve uma tentativa de ocultar que a carne estava em péssimas condições.

Tenho as fotos da peça estragada. Tenho também fotos comparando a carne podre com a que adquiri depois, no Bom Dia. Mas acho que não convém postá-las aqui. Afinal este é um blog que visa venerar os sabores, os aromas, as cores da boa comida. Uma foto de comida estragada seria uma heresia neste espaço.

Enfim, tomara que a nova picanha (e o tremoço, e o salaminho, e o salgadinho, e a(s) skolzinha(s), e os demais acepipes) me faça esquecer toda essa história.
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Milão

A despeito das críticas de Dom Gordini, sapientíssimo expert em culinária italiana, que considera o sabor dos pratos do Restaurante e Pizzaria Milão (Av. São Paulo, 453, (44) 3226-2929) "levemente adocicados", a verdade é que o lugar é uma das melhores opções de buffet self service do almoço maringaense. Aliás, ainda discutiremos o gosto duvidoso desse prócer, sobretudo no que respeita ao almoço do La Gôndola.



Em resumo, o que torna o Milão tão bom é uma soma de fatores interessantes.

O ambiente, desde a fachada até o confortável jardim coberto ao fundo é muito bonito e aconchegante (cf. blog da arquiteta responsável, a quem devo os créditos da foto deste post). O fato de estar em um local aberto, ajuda a amenizar o barulho infernal de pratos, garfos, facas e copos batendo, habitualmente existente em restaurantes do gênero.

A variedade de saladas é surpreendente. E há muitas saladas exóticas, tal como a salada árabe, abundantemente temperada com za'atar e folhas inteiras de hortelã e salsa, não encontráveis em outros buffets da cidade. Os pratos quentes também são variadíssimos e, em geral, muito bem executados.

Outro diferencial é a apresentação dos quitutes, sempre caprichada e convidativa ao paladar.

Entretanto, há um defeito grave. O sistema peculiar (e, digamos, burro) que eles usam para anotar as bebidas dos frequentadores. É assim: você se serve no buffet e, ao pesar o prato, a atendente questiona a bebida que você vai pedir. Ela anota o pedido vinculado ao número de sua comanda (cartão) e questiona se você vai se sentar do lado de dentro, ou de fora do restaurante. E pronto.

Sucede que os garçons, para entregar a bebida solicitada, ficam reféns de uma ridícula "procura pelo número de comanda perdido", ou seja, ficam vagando sem rumo por entre as mesas, olhando o número de cada comanda, até achar o bendito dono do suco sobre a sua bandeja! Ora, é de matar! Em dias mais cheios, e nas horas de pico, você nem chega a receber a bebida, porque ela ficou perdida em alguma bandeja com algum garçom-explorador que não encontrou o seu pequeno número de comanda! Como hoje, em que algumas das bebidas que pedíramos não chegaram até o fim da refeição, e tiveram que ser estornadas da conta no momento do pagamento.

E essa sistemática está sendo usada pelo Milão há tempos... Tomara que mudem, pois esse tipo de defeito de atendimento é imperdoável.

Especificamente nesta nossa última visita, houve virtudes e defeitos:

  • O enroladinho de mussarela e presunto recheado com rúcula e tomate seco estava ótimo. Idéia simples, ingredientes comuns, mas que, executada com requinte, tornou-se um prato bem interessante;
  • Pirão de peixe é um dos meus pratos prediletos. Por isso, experimento todos os que vejo pela frente, e posso atestar que o pirão do Milão é ótimo. A consistência é correta (nem muito líquido, nem muito pegajoso), o sabor característico (coentro e leve ardor de pimenta), com o diferencial do toque de pimentões vermelhos e pequenos camarões descascados. Experimentem!
  • A costela de boi assada costuma ser imperdível. Desta vez, erraram no sal. Embora estivesse macia e suculenta como de costume, ela estava praticamente "incomível" em razão do exagero de sal.
  • Numa visita anterior, eu provara a moqueca. E estava deliciosa. Desta vez, o peixe escolhido deixou a desejar. O cação é um peixe difícil. Alguns filés acabam ficando com aroma de amônia (não era o caso deste), e outros apresentam uma consistência muito rígida e áspera, como o usado na moqueca que experimentei nesta visita ao Milão. É verdade que já comi moquecas deliciosas com cação, mas a aspereza e a rigidez do peixe desta vez foi decepcionante, muito embora o tempero estivesse muito bom.

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Spedini - Trattoria Expressa


No último final de semana (14.03 e 15.03.2010) estive em Curitiba/PR.

Cheguei em Curitiba por volta das 16 horas de sábado (14.03.2010), morrendo de fome....após deixar as coisas no hotel, corri para o Shopping Curitiba (o hotel ficava em frente ao shopping) para passear e procurar algo para me alimentar.

Após dar uma voltinha básica no shopping, fui para a praça de alimentação.

A fome era tanta que eu nem conseguia pensar direito, a única coisa que sabia é que precisava de alimento que não fosse sanduíche ou algo do gênero. Assim, após rodar na praça de alimentação lendo o cardápio de quase todos os lugares, optei pelo Spedini - trattoria expressa (especializado em culinária italiana)

O prato que escolhi foi o "trio light risoto+carne+salada".

A salada estava perfeita, embora fosse de alface, tomate e pepino, o molho de alcaparras que a acompanhava era MARAVILHOSO, deu vontade de repetir, mas só não o fiz porque seria gulodice.

A carne que preferi foi o peito de frango grelhado mas....nada demais no sabor e o risoto foi o Calabrês, não precisa nem falar que era de calabresa né. Achei o molho do risoto forte, o que me desagradou bastante e por isso acabei por nem comê-lo direito.

Peço desculpas pela ausência da imagem do prato mas é que a fome era tanta que quando me lembrei que deveria ter tirado a foto....já era....o rango já estava no final.

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Serafinni - Parte II

Mesmo antes de casar, seja na saúde, na doença, nos vários PIs (famosos programas de índio) e em todos os dias de nossas vidas (rs), lá fui eu, de novo, acompanhar o Vicente em uma dessas viagens pelas "grandes" cidadezinhas da redondeza. Mas, todo esforço tem uma recompensa e, como agrado, ele me levou para comer em Londrina (Ufa, imagina o tempo gasto em ter de achar um restaurante bom nas cidadezinhas).

E como prometido, escreverei sobre o meu saboroso almoço no Restaurante Serafinni.


Reforçando o post anterior, eu escolhi, de entrada, a carne de siri gratinada; como prato principal, o filé de tainha às ervas finas acompanhado de risoto de legumes; e de sobremesa, bananas flambadas com sorvete de creme, cujo review ficou por minha conta.

A entrada foi servida na tradicional "conchinha", com carne desfiada de siri, temperada com cheiro verde e uma camada de queijo gratinado por cima. Estava muito boa, com a carne de siri bem temperada e sem estar seca, mas confesso que preferi o carpaccio do Vicente.


Já pelo prato principal, preferi a minha escolha à dele. Adorei os temperos que, tanto no molho de ervas finas da tainha, como no risoto de legumes (cenoura e brócolis) estavam bastante suaves e, apesar dos sabores distintos dos dois, combinaram muito bem, dando aquele toque "leve" ao prato.


E, por fim, a sobremesa, nada "leve": banana cortada ao meio no comprimento, assada com um pouco de canela (coisa que, para mim, não combina nem um pouco, imagina, com a fruta, rs) por cima e colocada "boiando" no caldinho derretido da bola de sorvete de creme. Uma delícia!!! E, apesar de fazer arder a garganta de tão doce, não sobrou nem um pouco no meu potinho, pois nada que uma água intercalando entre uma colherada e outra não resolva o problema!!!


É isso, não querendo ser repetitiva, mas apenas reforçando o post anterior, realmente o lugar é excelente, com uma variedade de comidas, preço justo e atendimento de primeira.

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Restaurante Serafinni em Londrina

BlogBlogs.Com.Br
Acabei de voltar do Bar do Zé para atualizar o blog. Afinal já estou ouvindo reclamações de que a coisa aqui está muito parada. Mas, convenhamos, os outros culpados aqui do blog andam devendo postagens. Aliás, há quem nem sequer postou ainda!

Outra coisa que eu e o Tirso vínhamos conversando é o predomínio de restaurantes de comida japonesa aqui no blog. Isso precisava mudar. Então, movido pela necessidade de postar algo diferente, fui "obrigado" a visitar o Restaurante Serafinni em Londrina (não achei o site achei! como disse o Tatsuro nos comments, tava faltando um "n" no nome - fica na Av. Higienópolis, 445).


Foi a segunda vez que visitei o local. A primeira vez havia me deixado uma bela primeira impressão. Então, resolvi levar a Jú para experimentar a comida italiana deles.

No almoço, além do vastíssimo (mesmo) menu à la carte, eles oferecem menus executivos, cujo custo/benefício é incrível. Por R$ 25,00 você escolhe uma entrada, um prato principal e uma sobremesa, sendo várias as opções de prato principal, dentre carnes, peixes, massas, etc.

Eu optei por carpaccio de entrada, ossobuco com polenta como prato principal, e banana flambada com sorvete de creme de dessert.

Todavia, antes da entrada, falemos do couvert. É servida uma cesta de pães variados (quentinhos), acompanhada de bolas de manteiga, comum e temperada com ervas; esta última deliciosa. Além disso, também compõe o couvert da casa cenoura crua cortadas em bastões (os mais chiques poderiam dizer, talvez, à jardinière ou em allumettes):


O carpaccio é feito com carne bovina de qualidade: vermelha, limpa, fresca, e com ótimo sabor, além de ser fatiada na espessura ideal. Tem lugares que cortam literalmente bifes de carpaccio, e outros que deixam a fatia tão fina que nem sequer conseguimos sentir o sabor da carne, que fica encoberta pelo molho.

O molho do carpaccio do Serafinni também é bastante suave. Com a quantidade correta de mostarda, azeite e queijo parmesão ralado. Outro ponto positivo é que o carpaccio não vem inundado com milhões de alcaparras, apenas algumas, na quantidade certa para que o sabor adstringente delas se harmonize com a picância da mostarda e a textura tenra da carne crua.


Suavidade é a palavra que caracteriza a cozinha do Serafinni. Ao pensarmos em ossobuco com polenta (ou mesmo ao pensarmos em comida italiana em geral), sempre virá à tona a imagem (e o sabor) de uma comida carregada, fortemente temperada. Esse estereótipo de comida italiana, na verdade, revela um defeito, pois o tempero demasiado muitas vezes esconde e mascara o real sabor do alimento.

Quantas vezes comemos filés de peixe acompanhados de molhos tão intensos que nem sequer nos permitem sentir o suave sabor do peixe.

Esse defeito não existe no Serafinni. O ossobuco é acompanhado de um molho de tomates bastante suave, que nos deixa sentir o sabor marcante da carne bovina, com bastante gordura marmorizada, típica do corte. Essa suavidade também é salutar na apreciação da polenta (com a consistência perfeita - liquefeita), pois nos permite apreciar o sabor delicado do fubá.


O review da sobremesa - bananas flambadas com sorvete de creme - deixarei por conta da Jú, que também prometeu escrever sobre a carne de siri gratinada e o filé de tainha às ervas finas com risoto de legumes que ela experimentou.

Ainda sobre o Serafinni, é interessante dizer que os pratos são generosos (pode-se ver nas fotos); a apresentação é carpichadíssima; o serviço é atencioso e bastante cortês, sem contar a simpatia do responsável pela casa, o Roberto, que motivado pela curiosidade de ver um casal tirando fotos de tudo (com uma câmera daquele tamanho), nos perguntou se éramos de algum jornal, rs. Quem sabe um dia... Aliás, faltam colunas de crítica gastronômica nos jornais maringaenses.

É isso. Preços acessíveis. Comida italiana de alta qualidade. Serviço cortês. Aqui em Maringá não achei restaurante italiano que possa se comparar com o londrinense Serafinni. Sigo buscando.

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Rapidinhas do Quitutes & Acepipes (III)

  • Quem estudou na UEM, sobretudo nos cursos com aulas perto do RU (Restaurante Universitário), sabe: um dos melhores salgados de lanchonete que existem é a pizza frita da Cantina que fica ao lado do RU. Tá certo que ela é uma bomba de calorias e colesterol, com óleo escorrendo por todos os lados, mas marcou minha vida de universitário. Até hoje sinto saudades da pizza frita e do café horrível (coado em meia, rs!) que era servido ali, sempre acompanhando os papos intermináveis que levávamos na cantina... Hoje, tenho notícias de que a pizza frita (como tudo!) está mais politicamente correta: menos óleo a pingar por todos os lados...
  • Falando em faculdade, ontem fomos almoçar no Lev Grill que fica dentro do campus do Cesumar. Não tenho muitas informações sobre o lugar, mas parece-me que é um restaurante escola, no qual alunos de Gastronomia, Nutrição e cursos do gênero podem colocar em prática aquilo que aprendem nos bancos escolares. Existem várias opções de "prato feito", dentre as quais se destacam o filé de côngrio (certamente o mais barato da cidade - R$ 16,00) com quatro opções de molho e as costelinhas de porco que podem ser acompanhadas dos mesmo molhos. Como eu estava num dia mais light, peguei a Salada Big com molho de mostarda com laranja. A salada é "normal": folhas de alface, croutons, queijo minas em cubos e tomate. O molho deixou um pouco a desejar: muita laranja e açúcar para pouca mostarda. Para uma salada ficou demasiadamente doce. Se estivesse acompanhando um assado de porco, ficaria ok.
  • Para quem não sabe, quartas-feiras é dia de picanha no restaurante Calçadão. O preço do buffet é mantido, com o diferencial da picanha meia-lua na assada na brasa. É certo que não é sempre que a picanha está boa, mas de vem em quando, com um pouco de sorte, é possível pegar pedaços muito bons (como hoje).

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Almoço "Lá em Casa"

Há um ano, por causa da minha pós em Terapia Ocupacional (pois sou a única "culpada" que não passa o dia envolvida com prazos, protocolos, recursos, 1ª e 2ª vara, audiência e etc), venho me aventurando em alguns finais de semana na cidade de Lins (SP). Por isso, venho conhecendo alguns restaurantes e bares da região.

Como o tempo de almoço é curto entre uma aula e outra, e a forma de se locomover não inclui um automóvel, procuro sempre um local próximo à faculdade onde o desejo de matar a fome não se transforme em horas de espera. Por isso, a opção escolhida para o almoço aos sábados, ficou por conta do restaurante "Lá em casa" (R. Vlto Vitoriano Borges, 30 , Lins, SP).


Lá o sistema é self service e o buffet conta com uma variedade de pratos frios e quentes. Entre aqueles são servidos tanto as folhagens, as frutas, como o salpicão e a salada de grãos. Já nos pratos quentes, você encontra desde o comum arroz, feijão e batata frita até a feijoada, a picanha, a variedade de massas e carnes, e o famoso salmão. Aliás, eu nunca deixo de pegar o salmão assado com alcaparras, que nunca está seco e está sempre muito saboroso.

Neste fim de semana, a massa feita por eles foi o sofiatelli (formato de "pasta" que tem a semelhança com um pacotinho de presente pequeno que foi assoprado/assoviado - sofia em italiano e é elaborado apenas com ovos e farinha, seguindo de certo modo a receita tradicional de massa rica) aos quatro queijos que estava muito bom. Porém, para mim, a melhor massa servida por eles é o rondelli (massa em formato de rocambole) de presunto e queijo ao molho branco.

O preço sai por R$ 29,80 o kilo, o qual acho justo pela estrutura ampla, o ar condicionado (indispensável nessa cidade que ferve), o bom atendimento e os principais, a variedade e qualidade da comida.

Fica aí a dica!! Quem um dia, por acaso, passar por Lins (vai que sai uma audiência pra lá) almoce "Lá em casa". Só verifique se a data não coincide com a da pós em Terapia Ocupacional, pois nestes dias o restaurante lota de estudantes, já que estes recebem ainda 10% de desconto.


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Rapidinhas do Quitutes & Acepipes (II)

  • Como diria o Tirso, "fazer (e comer) feijão é uma arte". Brasileiro come feijão todos os dias. Mas há feijões que são diferentes, especiais. É claro que a maioria das pessoas vai lembrar do feijão da avó, do feijão da tia, etc. Mas e nos restaurantes? Quais seriam os melhores feijões servidos em Maringá? Para mim, por enquanto, são dois: o do Panela Velha e o do Kampai;
  • Falando em Kampai, quem já provou a mousse de queijo com cobertura/calda de goiabada sabe: ela é uma exceção positiva na árida variedade de sobremesas oferecidas pelos restaurantes self service maringaenses. Quem ainda não provou, está aí algo imperdível no roteiro gastronômico da cidade.

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    Click Sushi ao vivo

    Sexta-feira passada (05/03), minha irmã e eu resolvemos dar uma volta para colocar o papo em dia. Estávamos mesmo precisando. Achei que seria uma boa oportunidade para conhecermos um lugar novo (até por conta do blog). 

    Tínhamos duas opções bem diferentes: um barzinho (localizado no antigo endereço da Trattoria Italiana) e um restaurante japonês (Click Sushi - Avenida Laguna, 245, Centro). Como nós duas somos sushi addicted, ficamos com a alternativa oriental. 

    Já de cara gostamos do ambiente: o lugar é pequeno, mas arrumado. Penso apenas que seria interessante se os donos investissem um pouco mais na trilha sonora. 

    Quando os pedidos começaram a chegar, no entanto, a música nem fez tanta falta assim (ah, tenho que deixar registrado que o atendimento estava especial). De entrada, pedimos duas porções de sunomono (saladinha de pepino agridoce). Embora no cardápio virtual o preço dessa iguaria seja de R$ 5,50, acredito que não nos tenha sido cobrado.


    Para acompanhar, pedi uma dose de saquê nacional (que, na minha opinião, estava bem pequena, se comparada a de outros restaurantes); minha irmã preferiu uma saiquirinha de morango (boa, mas não muito bonita). 

    Aproveitamos para pedir também uma porção de acelga maki de Salmão (08 unidades bem servidas, R$ 12,50), uma de hot filadélfia (08 unidades, R$ 13,50) e um yakisoba japonês (informação importante: feito sem glutamato de sódio).





    De longe, esses foram os melhores que já comi: os sushis estavam muito frescos (o arroz praticamente sumia na boca; a acelga estava tão novinha que, ao morder, podíamos ouvir o croc - risos). O prato quente estava levíssimo, recheado de tofu e shitake. Uma delícia de verdade. 

    Mas se eu pudesse dar uma sugestãozinha só, pediria que os sushis fossem um pouco menores (!), para facilitar o consumo. De resto, foi tudo de lamber o hashi. Risos.

    Não bastasse tudo isso, a Patrícia (dona do restaurante, muito simpática por sinal) fez questão que provássemos alguns sushis doces. Jesus! Ela me pegou, achou meu ponto fraco. Acho que as fotos dispensam todos os comentários. 


    Antes de terminar o post, tenho que deixar consignado que o Alê chegou no final da comilança e... começou tudo de novo! Risos. Definitivamente, preciso entrar numa dieta!

    p.s. nossas fotos não chegam nem aos pés das do Vicente...mas acho que dão uma noção do quanto a comida estava boa!

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    No decurso do tempo



    Eu fui uma criança cheia de frescuras quando o assunto era comida. Não gostava de tomate, nem de cebola; não comia miúdos de jeito nenhum; e nem de maionese de batatas eu era fã. 

    Obviamente essas "frescuras" nunca chegaram a intensidades absurdas, como ao ponto de de não comer feijão, né Tirso!

    Mas já na adolescência me interessei por gastronomia e culinária. Passei a gostar de experimentar sabores diferentes e exóticos. Comecei a me aventurar na cozinha. E hoje posso dizer que como de tudo (acho que rim bovino é a exceção!).


    Hoje, minha relação com a comida pode ser resumida da seguinte forma:
    Eu sempre cultivei a idéia de que a boa comida é algo dignificante. É um feitiço que traz alegria. Sempre acreditei que um belo almoço ou jantar nos faz pessoas melhores. Engana-se quem acha que a refeição é somente para matar a fome. Uma das frases que trago comigo é a de que sempre devemos experimentar coisas novas. Não somente na gastronomia mas na vida.
    Isso foi dito pelo Fosforos num post de seu blog, No decurso do tempo, dedicado à arte e à cultura pop em geral.


    Especificamente nesse texto, ele relembra o filme dinamarquês "A festa de Babette", que ilustra perfeitamente essa intensa relação da comida nas relações humanas. A profundidade emocional que o mero ato de sentar-se à mesa e comer pode alcançar é captada com perspicácia pelo diretor Gabriel Axel (também assina o roteiro, juntamente com Karen Blixen).


    Abaixo o trailer desse ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987:




    Eu já havia assistido ao filme umas três vezes. Vou revê-lo. Quem comunga do prazer de comer, assista! Você se identificará.

    Fosforos, fico muito agradecido pelo carinho de ter nos mencionado no teu blog (que já está na minha lista de leituras diárias). Marquemos um dia para nos encontrarmos, bebermos, comermos e, depois, resenharmos  o local aqui no Quitutes & Acepipes!


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    Sushi Lounge

    O trabalho anda uma loucura. Se é chavão dizer que o ano do brasileiro começa depois do carnaval, este ano para mim (e para todos os culpados deste blog) isso está sendo verdade. Mas vamos lá...



    Um dos posts atrasados é o Sushi Lounge, um dos muitos restaurantes japoneses que surgiram em Maringá nos últimos anos, e certamente o mais escondido deles. Ele está ali encravado no meio da Zona 4, na Rua Joaquim Nabuco, 366.

    Um dos diferenciais é que eles não servem o famoso rodízio de comida japonesa, regado a muito sushi e sashimi, com a finalização cruel dos pratos quentes. Lá o serviço é à la carte.

    Esta foi a segunda vez que visitei o lugar. Da primeira vez, já há algum tempo, apenas fui num final de tarde comer um sashimi de tilápia com meu irmão. Desta, fui com a Jú jantar num domingo à noite.

    De entrada, resolvemos pedir uns sushis. Ela escolheu hosomakis hot roll, já bastante conhecidos dos frequentadores de rodízios. Para que não conhece, segue a foto:



    Nada mais são do que hosomakis com o tradicional nori (alga marinha) por fora, recheados com filé de salmão, levemente empanados numa massa fininha, e fritos (argh!). Confesso que não tenho nada contra essa onda fusion da comida nipo-brasileira. Mas, para mim, sushi frito já é demais. Tira a textura do nori, e deixa o gohan meio azedo e "chicletudo". Mas "gosto não se discute", a Jú e a grande maioria dos habitués desse tipo de restaurante adoram a heresia...

    Eu também escolhi um  sushi pouco tradicional: um uramaki (nori por dentro e não por fora, como no hosomaki) de salmão com kani e molho de pimenta (!).


    Para a minha decepção, o gohan usado no sushi parecia estar meio velho e ressecado. Em razão disso, e sobretudo porque não havia o nori por fora para segurar o arroz em sua forma, o uramaki veio desmanchando. Era só pegar na mão que a iguaria desmanchava...

    Outro problema do uramaki foi a falta de pimenta. Realmente, se o cardápio diz que o sushi é de "salmão apimentado", o mínimo que se espera é um leve ardor da pimenta. Mas infelizmente nem parecia que havia sido colocada a pimenta propagandeada.

    É verdade que o sushi estava saboroso. Mas isso não me fez esquecer os desmoronamentos de arroz e a falta da esperada pimenta.

    De prato principal, pedimos um yakisoba tradicional, com legumes, filé de frango e tiras de carne.



    A apresentação não é lá muito inspiradora, como se pode ver da foto. Mas o sabor não é diretamente proporcional ao look do prato. A primeira surpresa que se tem ao experimentar o yakisoba, é que ele não segue a receita com influência predominantemente chinesa, que é a mais comum aqui no Brasil (pelo menos aqui no Paraná). O yakisoba chinês é aquele feito com macarrão nissin (o do famoso miojo) com sabor acentuadamente salgado. A receita japonesa, que é a seguida pelo Sushi Lounge, é mais adocicada (agridoce), com o macarrão assaí (cilíndrico e liso).

    Outro diferencial positivo do yakisoba que experimentamos, e a crocância dos legumes. Um dos pecados mortais dos restaurantes (sobretudo os self service do almoço) é refogar demasiadamente os legumes dos prator orientais, deixando-os moles e pastosos. Convenhamos, comer uma pasta de cenoura, ou uma couve-flor em que nem se percebe a textura (o mais legal da couve-flor é a textura áspera!) é horrível, sem contar que todos os legumes e verduras ficam com aquele gosto igualado de shoyu fervido.

    Lá no Sushi Lounge os legumes e as verduras do yakisoba são servidos al dente, como deve ser. Brócolis, pimentão, cenoura, cebola, etc., todos crocantes e com seus sabores conservados, temperados pelo sabor marcante do abundante óleo de gergelim.

    Quanto ao ambiente e ao serviço, a impressão foi bastante positiva. O terraço/varanda de madeira é bastante confortável, e a localização afastada das principais avenidas torna o restaurante tranquilo, sem aquele fluxo (e barulho) incessante de carros. O serviço, em sua grande parte feito pelo próprio dono do restaurante (um nikkey que voltou há pouco do Japão) é simpaticíssimo e atencioso, servindo-nos com a pontualidade e a cordialidade esperada.


    Enfim, desvendamos mais um dos restaurantes orientais da cidade. Não podemos dizer que é o melhor (Momiji e Tatibana à frente), mas há diferenciais que merecem ser experimentados, sem contar que o ambiente tranquilo e o serviço correto são prós que nem sempre são observados nos concorrentes.

    PS: as fotos não estão com aqueeela nitidez, mas a iluminação estava bastante complicada pra tirar fotos em macro...

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    Rapidinhas do Quitutes & Acepipes (I)

    • Ainda não havia provado o McNífico Bacon. Não gostei. O sanduíche foge das características e do sabor peculiar do McDonalds, com aquelas fatias enormes de tomate, embebidas em litros de ketchup, mostarda e sei-lá-mais-o-quê.
    • As Carnitas da Taqueria Ginga e Sabor são ótimas! É claro que não competem com os nachos dos bares mexicanos de Curitiba (Taco El Pancho e Mustang Sally), mas são suficientes para matar a vontade de nachos por estas paragens norteparanaenses.

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    Rapidinhas do Quitutes & Acepipes (Introdução)

    Um dos motivos determinantes para os (longos) intervalos entre meus posts é a enorme produção por detrás de cada um deles: visita ao local munido de câmera, tirar as fotos, importar as fotos no micro, dar um tratamento básico para as fotos no Adobe Lightroom, upar as fotos para um servidor de imagens na internet, escrever os posts, linkar as informações necessárias, e inserir as imagens. Em resumo, dá um trabalhão.

    Muitas vezes deixo de postar impressões sobre quitutes & acepipes que experimento todos os dias por pura preguiça, ou porque não estava no momento com a câmera (carregar uma Canon Xsi por aí não é muito confortável...).

    Resolvi, então, criar esta coluna de Rapidinhas, na qual pretendo escrever pequenos e pontuais textos sobre quitutes cotidianos, sem usar a formatação que costumo dar aos meus posts completos.

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    O Rei do Happy Hour

    Inaugurando minha coluna pessoal no blog, da qual intituto "O Rei do Happy Hour", começo com o relato de uma semaninha em que, no melhor estilo "sessão da tarde", temos aprontado uma tremeeeeeeeenda confusão...

    Tudo começou na terça, um dia tão tranquilão, em que no máximo a aventura se resumiria ao nostalgico Joseph's Pub (bar do zé), mas que acabou se descambando para o Bartolomeu (Av. Pedro Taques), boate nova que abriu em Maringá.

    Chegamos lá, eu, Fat, Alien e Oponente, e pensei: "amanhã é quarta, é dia de trabalhar". Pedi 2 long necks, geladas por sinal, tudo ok, até que alguém teve a "brilhante" idéia de pedir um combo de Smirnoff. Como bom apreciador da BEBIDA RUSSA, prometi que iria tomar apenas uns dois copos com energético, mas... acabamos com a garrafa, e tornei minha quarta-feira em um dia interminável.

    Mais uma vez, minha companheira das manhãs - Dona Hangover, esteve lá, firme e forte para me fazer lembrar que ser um membro do Quitutes & Acepipes é hobby, e não um trabalho profissional.

    Mas... nada que uma picanha "saborosa" (nos dizeres do Fürer) que eu, Tirso, Cebolinha e Freguês comemos no Calçadão (av. Getúlio Vargas) para resolver o problema da minha ressaca, ressaca esta no melhor estilo "ressaca parkinson" (aquela em que você treme sem parar).

    Ah, enfim. Pensei que o dia terminaria tranquilamente, mas a partida entre Palmeiras e Santo André ocorreria a noite, e me lembrei do grande e lendário Cine Bar (av. Brasil), bar comandado pelo Garrafão, em que a "moçada" do quinquênio 95/2000 tomava umas pingas antes do show da Shakira.

    Convidei Freguês e Tirso pra irem comigo tomar uma gelada e ver o jogo. É claro que eu não poderia esperar outro resultado senão a derrota do meu querido Verdão, já que o Tirso é camarada, porém corinthiano, e um tremendo pé-frio/agourento dos infernos!!! pqp!!!

    Eu, como palmeirense roxo, sofredor e p*to da cara com essa merlin/bósnia do meu time (que conseguiu a proeza de perder do Santo André em pleno Palestra... que beleeeeeza!!!!), ao menos tive o prazer de comer os espetinhos de lá (frango com pimentão e cebola, pra dar aquela sustança) e tomar uma birra com os 'culpados', mas acho que exagerei, porque minha barriga não para de dizer "HAVE MERCY"...

    Happy Hour é para profissionais. E tenho dito...

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    Maringá, Maringá


    Não é o tema do blog, mas a lua cheia desta noite está simplesmente avassaladora!

    Obs: para quem gosta de fotografia, esta não recebeu nenhum tratamento. São 30s de exposição, com abertura f/10, com uma Canon Xsi com lente em distância focal de 17mm!

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    "Mimo" do Click Sushi


    Este post foi motivado pelo primeiro feedback que tivemos do blog. Explico: recentemente a Patrícia postou um comentário ao meu post inicial do blog:

    Patricia disse... Olá Vicente, td bom?Gostaria de um endereço para correspondência para enviar-te um "mimo" rs.Fico no aguardo e segue meu email para contato.
    Atenciosamente,
    Patricia
    Curioso, eu mandei um e-mail  pra ela questionando do que se trataria o mimo mencionado. Afinal, até a Jú ficou cabreira com esse negócio de uma garota postar no blog me oferecendo um mimo, rsrs. Mas mesmo assim, a Patrícia não deu o braço a torcer, e disse que se revelasse o que era o "presente", a surpresa perderia a graça. Curiosíssimo, mandei-lhe o endereço do trabalho. Fui surpreendido hoje, no final da tarde, com uma bandeja repleta de sushis, entregue pelo delivery lá no trabalho.


    Legal! Agradeço muito pelo mimo. Sem contar que é uma estratégia inteligente de marketing.

    Mas te aviso, Patrícia, que esse mimo não vai "me comprar", rsrs. Não vou elogiar os sushis ou o restaurante só porque fui presenteado. Afinal, assim, perderíamos a credibilidade. Mas depois de experimentar os sushis, em conjunto com outros culpados pelo blog, seguem as impressões sobre os que eu experimentei:


    O primeiro foi o nigirizushi de magurô (verdadeiro príncipe dos sushis, rs!). A primeira coisa legal foi a proporção entre o nigiri (bolinho de arroz) e o peixe que o cobre. Tem lugar em que o nigiri é enoorme, e o sushiman (se é que podemos dar esse título para um energúmeno desses) coloca só uma fatiazinha pobre de peixe por cima do everest de arroz. O nigirizushi do Click Sushi não peca por isso. A pequena e simétrica porção de arroz é inteiramente coberta pela fatia generosa de atum. O peixe, em si, é outro capítulo à parte. Bem fresco, e com uma coloração agradável (rosada), com sabor bastante característico. Enfim, posso dizer que essa primeira impressão foi ótima.


    O segundo sushi, foi o nigirizushi de takô (polvo). Este também estava muito gostoso: fresco (sem sabor e/ou odor fortes), tenro e suculento. A maior dificuldade de se fazer o takô é acertar o ponto certo de cozimento. Se você cozinha um pouco mais ou um pouco menos do que o ponto, ou o polvo fica duro, ou "borrachudo", parecendo um chiclete, ou seco, ou molenga... É dificílimo. Tem gente que diz que para facilitar a descoberta do ponto certo do takô, coloca-se uma batata média para cozinhar junto com o polvo. Quando a batata estiver cozida (perfurável com facilidade por um garfo), o polvo estaria pronto. Será que é verdade? Quem souber, comente!

    A mesma qualidade também pude constatar no nigirizushi de ebi (camarão).

    Mas o melhor de todos os que provei, foi o Shake Jhou.Veja a foto:


    Dá pra perceber que é um hosomaki, mas em vez de nori, coloca-se uma fatia de salmão a envolver o sushi. O recheio, também é de filé de salmão, e por cima o charme do tataki de salmão temperado com o que me pareceu cream cheese e cebolinha verde. Fica muito bom! Quando você o degusta, o sabor do salmão se expande, praticamente explodindo no interior da boca. Tenho que admitir (e não é porque foi presente não. Porque se fosse ruim eu falaria!), este foi um dos melhores sushis que já experimentei (é claro que ao lado de muitos outros, como recentemente o de maracujá do Oyama).

    Os demais, tais como os nigirizushi de salmão e de peixe prego, ou o acelgamaki de salmão foram por outros dos culpados do blog, que, espero, tenham a vergonha na cara de postar suas impressões, ou ao menos comentá-las.

    Mas tenho uma ressalva: sei que o público-alvo do Click Sushi é aquele formado por pessoas que preferem receber seus sushis em casa. E respeito isso. Mas para mim comer sushi envolve uma série de fatores que, juntos, tornam a experiência mais prazerosa. Fatores como o ambiente, a apresentação, a conversa com o sushiman, etc. Isso tudo fica prejudicado pelo sistema de delivery, em que os sushis são entregues em bandejinhas plásticas. Onde está o ambiente? E a apresentação? Além do que, se as entregas forem feitas por motoboys, é bem possível que os sushis cheguem em casa todos desmontados e misturados, o que seria uma verdadeira tragédia gastronômica.

    Uma sugestão, portanto, ao Click Sushi, seria dar um trato no restaurante, para propiciar aos clientes um ambiente mais condizente com a alta qualidade da comida que ali é servida. Confesso que nunca entrei no restaurante, mas um dos motivos pelos quais eu ainda não havia visitado o local foi porque não me sentia atraído pela fachada.

    Mas, de qualquer forma, mesmo por delivery, os sushis do Click Sushi são muitíssimo saborosos, e preparados com ingredientes frescos e de qualidade (notadamente o Shake Jhou). Certamente vale a pena a visita (ou a ligação, rs!). Eu mesmo ainda preciso experimentar o insinuante e peculiar Sushi Doritos (salmão grelhado com cream cheese, cebolinha e salgado tipo nachos em volta).

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