Rei da Esfiha

Não há dúvidas. A melhor comida árabe (libanesa) de Maringá, do Paraná, porventura do Brasil, é a do Monte Libano. Sou fã dessa culinária, e para onde viajo procuro conhecer restaurantes que a sirvam. Já fui em vários, mas nenhum sequer chegou aos pés do Monte Líbano.

Mas se todas as vezes em que tivesse vontade de comer um quibe cru, um baba ghannouj, um homus, etc., eu tivesse que ir ao Monte Líbano, decerto já estaria falido... Sim, todos sabem que o "precinho" dos pratos desse restaurante não é dos mais baixos.

Sorte que o Alan e eu encontramos recentemente uma ótima alternativa para aplacar a vontade de nos fartarmos de uma boa comida libanesa, sobretudo no almoço. É o Rei de Esfiha, aquele box da praça de alimentação do shopping Avenida Center.

Nos almoços, eles servem um buffet por quilo, de comida libanesa, que abrange um bom espectro dessa rica gastronomia. Além dos pratos frios tradicionais (alguns deles já mencionados), também há os quentes, como arroz com lentilhas, arroz com macarrão, abobrinha recheada, charuto de folhas de parreira, etc.

Mas o meu alvo foram mesmo os pratos frios. Primeiro, o quibe cru:


Costumo dizer que os quibes crus podem se classificar em dois gêneros. Aqueles pouco temperados, em que se sente mais o sabor da carne. E os mais temperados, com uma rica mistura de especiarias. O do Monte Líbano se enquadra na primeira categoria; o do Rei da Esfiha, na segunda. Mas é muito bom. A carne é fresca, há correto balanceamento entre as quantidades de carne e trigo, e o tempero é saboroso, sobressaindo-se o alho.

O quibe foi acompanhado pelas pastas. Coalhada seca:


Baba Ghannouj (pasta de tahine - pasta de gergelim - berinjela assada e alho):


E o Hommus (pasta de tahine e grão-de-bico):

 (As fotos não estão aquela beleza porque a iluminação não ajudava, e a câmera não era a "titular"...)

É claro que o ambiente não ajuda muito na experiência gastronômica. Afinal, você estará sentado numa daquelas mesinhas de shopping center, ao lado da escada rolante, com aquele barulho ensurdecedor, debaixo de uma luz fria fluorescente (parece que você está no escritório). Mas convenhamos, para um almoço rápido, pagando R$ 27,90/kg, não dá pra exigir muito.

Se a intenção é serenar aquela vontade incontrolável de comer um bom quibe cru com o mínimo de dinheiro, não há escolha melhor. O custo benefício compensa.

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Em casa: Risoto al Funghi e Batatas Sautées

No post anterior o Tirso revelou que nós "culpados" gostamos de almoçar em diferentes restaurantes. Eu, além de comer bem e bastante (já deu pra perceber, né), também gosto de cozinhar.

Dia desses a Jú e eu resolvemos fazer um Risoto al Funghi, acompanhado de umas Batatas Sautées. Sei que essa combinação é uma redundância de carboidratos. Mas dogmas nutricionais foram feitos para serem quebrados! E a combinação ficou deliciosa.

O risoto, feito com cogumelos secos (hidratados para a receita) e caldo de carne (além de manteiga e um toque de parmesão, para a finalização), ficou desse jeito:



Ficou bem saboroso. Consistência cremosa, arroz arbóreo al dente (nada de "papa" de arroz) e sal no ponto.

Já as batatas, feitas pela Jú, ficaram assim:


Com uma casquinha crocante, cremosa por dentro, perfumada com alecrim, salsa, cebolinha e manjericão, e com aquele gosto penetrante da manteiga (muita manteiga).

A próxima aventura culinária já está marcada: file mignon ao molho de queijo azul.

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Restaurante Escola do Senac em Curitiba

Já escrevi sobre os restaurantes-escola do SENAC aqui. Daquela vez, o review foi do restaurante daqui de Maringá. Desta vez, falarei sobre o de Curitiba.

Tal como eu disse no post anterior, nesses restaurantes-escola o preparo dos pratos e o serviço são feitos por alunos dos cursos profissionalizantes do SENAC, tais como os de chef de cozinha e de garçom. A vantagem disso, é que os protocolos, recomendações e receitas são seguidos à risca (p. ex. os garçons sempre o servem pela direita, etc.)

Se o ambiente do restaurante aqui de Maringá já é bem legal, classudo, o de Curitiba rivaliza com grandes e sofisticados restaurantes:

Já visitei o local várias vezes. Nesta última oportunidade, fui numa terça-feira, dia de buffet temático.

Funciona assim: segundas, quartas e sextas, existe um menu "sugestão da casa", em que lhe é oferecido um menu à francesa fechado de entrada, duas opções de prato principal, e sobremesa; às terças, é servido um buffet com pratos de alguma cozinha típica (francesa, italiana, árabe, etc.); às quintas, há o buffet de barreado. Aos que ainda não conhecem, sugiro ir nos dias de menu fechado! Para saber mais, clique aqui.

Como fui na terça, estava sendo servido o buffet temático mineiro.

Como já havia terminado meus compromissos na capital, e como, por incrível que pareça, Curitiba experimentava um atípico calor norteparanaense, resolvi tomar de entrada uma taça de chardonnay para refrescar.


Era um Puerto Viejo, do Chile. Um chardonnay comum, com uma bonita coloração, pouco ácido e levemente cítrico, com aroma que lembra frutas tropicais (melão). Enfim, não era bem aquilo que eu estava esperando para um dia escaldante (seria melhor um bem ácido e cítrico, muitíssimo mais refrescante).

De comida, comecei com um leitão à pururuca:


Primeiro, pedi pro garçom me servir um pedaço de costeleta. Mas o leitãozinho era tão pequeno que as costeletas estavam absolutamente sem carne. Contentei-me, então, com um pedaço do pernil, que estava suculentíssimo, além de muito bem temperado. Ou seja, exatamente o contrário do estereótipo do assado de porco (ressecado e pouco temperado).

Também experimentei o tutu de feijão com linguiças:


E uma tilápia ao pesto, ou seja, ao  molho de manjericão, azeite e pinole (pequeno pinhão de origem italiana) ou nozes, e alho, todos triturados em pilão ou no processador.


Ambos muito bons. O tutu bastante cremoso e pouco salgado (um defeito recorrente dos tutus). E a tilápia simplesmente sensacional: sautée (salteada) ao ponto para ficar crocante por fora e tenra e suculenta por dentro, com o sabor e o aroma marcantes (herbáceo e levemente picante) do manjericão embebido em farto azeite de oliva.

De sobremesa uma torta de queijo (cheesecake) com cobertura de goiabada cascão. Ou seja, nada poderia ser mais mineiro:


O mais legal é que, como se trata de um restaurante-escola, o cliente tem a oportunidade de usufruir de um ambiente elegante, de uma cozinha sofisticada, de um serviço à francesa perfeito (com exceção dos dias de  buffet), pagando pouco por isso. Esta visita foi feita já há algum tempinho, mas se não me engano o buffet estava R$ 19,00. Nos dias de "menu sugestão", a entrada, o prato principal e a sobremesa saem por cerca de R$ 20,00 a R$ 25,00. Visitem o site, vejam os pratos que compõem esses "menus sugestão" e imaginem quanto esses pratos custariam em um restaurante "normal", como por exemplo o Baco em Maringá.

Para ilustrar, nesta quarta-feira (28/04) a entrada será de peito de prato com gergelim, a primeira opção de principal, talharim tailandês com camarão, a segunda opção, cabrito com iogurte e especiarias e a sobremesa, frutas à moda tailandesa. Tudo isso por R$ 22,50!

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Taiyo

Depois de uma overdose de Garrafologia, um post mais gastronômico. Aliás, nesse meio tempo, foram vários os lugares visitados, as fotos tiradas, mas a falta de tempo (e um pouco de preguiça) tem atrasado os posts.

A vez é do Taiyo, outro clássico das happy hours maringaenses. Ele fica na praça da Igreja Divino Espírito Santo (Pç. Mons. Bernardo Cnudde, 456), e o foco são aperitivos da cozinha oriental. O cardápio é vastíssimo. Nele há acepipes orientais dificilmente encontráveis em outros bares e restaurantes da cidade, desde alguns tipos de tsukemono, até filés de peixe grelhados acompanhados de molhos mais elaborados.

Desta vez, começamos com uma porção de rakkyōzuke, um tsukemono popularmente conhecido aqui no Brasil como "lakiô". É uma conserva levemente adocicada e ácida da raiz de uma planta (allium chinense) do gênero da cebola e do alho (allium). Pode-se ver na foto abaixo, que se trata de uma cebola em miniatura. Mas o "lakiô" só é "lakiô" se for feito precisamente dessa espécie de "cebolinha". Se você tentar fazer a conserva usando aquelas cebolas pequenas, por exemplo, (como aquelas curtidas em vinho tinto, das churrascarias), não conseguirá um "lakiô"; o sabor será totalmente diferente.


Além do rakkyōzuke, ainda provamos um sashimi de tilápia. O diferencial do sashimi do Taiyo, além da qualidade do peixe (fresco, e sem aquele sabor terroso característico de algumas tilápias de pesqueiros/cativeiros), é o corte, em sentido longitudinal (como se pode ver na foto abaixo). Esse tipo de corte modifica a textura do sashimi, que fica mais firme e áspero na boca. Ou seja, tira a mesmice do sashimi de tilápia.


O pedido seguinte foi de palitos de polenta fritos, que estavam ótimos. Crocantíssimos por fora, pastosos pode dentro. Enfim, um exemplo de como servir polenta frita.



Para finalizar, uma fritada de manjubinhas. Não confundir com o lambari, que é peixe de água-doce, enquanto a manjuba vive no mar. O legal das manjubas é comê-las inteiras, com cabeça, espinhos, etc... A porção do Taiyo estava muito bem executada. Frita em óleo bem quente, para que não viesse encharcada.


Depois do ataque dos esfomeados, a generosa porção de manjubas foi reduzida a isto:


O Taiyo é um dos meus lugares preferidos para comer e tomar uma cerveja gelada (geladíssima, uma das melhores da cidade). Os preços são justos (sashimi + polenta + manjuba por aproximadamente R$ 30,00). E as porções, fartas (pôde-se ver pelas fotos).  O único senão é o atendimento. Nada a reclamar da educação ou gentileza dos garçons. Aliás, o dono do estabelecimento também é simpaticíssimo, e sempre passa pelas mesas para cumprimentar os clientes. Apenas acho que o número de garçons é desproporcional ao tamanho da clientela. Há momentos de "rush" em que precisamos fazer de tudo pra chamar a atenção de um bendito garçom. Caso contrário, a garrafa de Skol e os copos ficarão vazios por muito tempo sobre a mesa e, como diria o Freguês, o pó-de-serra se acumulando na garganta...

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Papo de Confraria!!


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Garrafologia: pérolas do cinema


Yves Montad e Marilyn Monroe em Adorável Pecadora (1960):

- Posso levá-la para jantar?
- Vamos ensaiar à noite.
- Nunca conheci uma garota tão difícil de alimentar.


Ouça: The Last Shadow Puppets - Standing Next To Me

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MACANUDO: Liniers



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Flor Café

Não sei vocês, mas domingo para mim é dia de "fazer nada", descansar e dormir bastante e se preparar para a segunda-feira. Até porque não se tem muita coisa para fazer pela cidade, já que o comércio não abre e os programas na televisão não são animadores. Pior ainda para nós mulheres, pois domingo é dia de futebol na televisão, não que eu não goste também de sentar para assistir a um jogo, mas às vezes a gente fica entediada, "cansada de descansar", procurando algo diferente para fazer.


Pois alguns domingos atrás, fui convidada (aliás, convite somente para o "clube da Luluzinha") para o aniversário de uma amiga no Flor Café - Avenida Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2227, fone: 32629526 - um lugar que já tinha conhecimento, porém nunca tinha tido oportunidade de ir.




O lugar é lindo e aconchegante, uma tentação para as mulheres já que o que se tem por ali, desde plantas, móveis, quadros, tudo que faz parte da decoração, tem o preço exposto e você pode comprar e levar para casa. Quem já foi em algum casamento onde a decoração ficou a cargo do Beto Burim sabe do que eu estou falando, já que o Flor Café também é dele.


Mas vamos falar sobre a comida e a bebida.


Como opção servida pela aniversariante, tinham o panini de presunto e queijo, o folhado de bacalhau e o quiche de carne seca. E claro, em prol do blog, 'tive" que experimentar estes dois últimos.




O folhado me impressionou por não apresentar aquele aspecto gorduroso e brilhante de toda massa deste tipo de salgado. O recheio de bacalhau desfiado estava bem generoso, dessalgado na medida certa e temperado de maneira que o recheio ficou bem "molhadinho".




No segundo salgado, a carne de sol, também dessalgada adequadamente, misturava-se com o sabor adocicado da abóbora kabocha (ou cabotiá, etc.). Ainda, a massa não tinha sabor só de farinha e estava consistente o bastante para permitir que pegássemos o quiche na mão para dar uma mordida sem que o recheio caísse. Uma delícia!


Para acompanhar os salgados, tomei um capuccino gelado (que não tinha nada de diferente dos demais oferecidos na região). Ótima opção para um lanche da tarde em um dia super quente.




Como sobremesa, foi servido o bolo de abacaxi com côco, feito pelo local. Só achei que tinha chantilly demais (mas também, qual o bolo de aniversário ou casamento que não vem coberto de chantilly?)


Como era aniversário, não paguei nada, mas dando uma olhadinha no cardápio, se não me engano, o quiche sai por R$ 7,30 e o folhado por R$ 4,90. Um pouco caro para o tamanho dos salgados, no entanto, temos que lembrar que não estamos comendo um pastel de "vento", em pé, na esquina de casa.


Está aí, quem não tiver nada para fazer no domingão e quiser reunir as "Luluzinhas", não que homens também não possam frequentá-lo , o Flor Café é um ótimo local, com espaço amplo (a aniversariante reservou o andar de cima), atendimento de primeira (tínhamos um garçom só para nos servir) e excelente comida. E ainda, se optar por fazer o seu aniversário por lá, será agraciada com rosas...

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