HOOTERS


Quantos de nós, hombres, não gostaríamos de assistir a um bom jogo de futebol num lugar cheio de TV’s, tocando rock’n’roll dos bons nos intervalos, e com garçonetes torneadas a nos servir?


Na minha última ida à São Paulo, fui levado pela minha namorada (na verdade, pela tia e prima dela) ao Hooters.


Pra quem nunca ouvir falar, o Hooters é uma das mais famosas redes de casual dinnings dos Estados dos Unidos, e só possui uma franquia no Brasil, localizada na capital paulista (foto à esquerda).





O ambiente é rústico e descontraído, com as mesas e balcões em madeira, ao estilo sallon western, placas e quadros vintage, além de inúmeros televisores nas paredes sintonizados em canais de esporte, com transmissão de jogos de futebol, basquete, baseball e tênis. O som ambiente era embalado por “Message In A Bottle”, do String e “Last Night”, dos Strokes.




Mas o diferencial e a fama do Hooters se devem às suas simpáticas garçonetes, que usam roupas de “cheerleaders” e patins. São loiras e morenas que desfilam pelo restaurante em trajes minúsculos (foto abaixo), quebrando o pescoço dos clientes.

Falando agora da comida servida pelas Hooter’s Girls, a marca registrada da casa são as chicken wings (asinhas de frango crocantes) acompanhadas do geladíssimo pitcher de chopp Devassa (jarra com 1,8 litro). Mas o menu apresenta outras opções, como diversos tipos de carnes (a costela de porco é suculenta). Também ganham destaque as batatas fritas em formato espiral (curley fries).


Para quem deseja conhecer, o Hooters em São Paulo fica na Rua Gomes de Carvalho, nº 1575, Vila Olímpia, tel.: (11) 3842-3300 e 3842-1493.

Vale a pena para comer ou beber algo e ter uma excelente vista!

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Garrafologia (politicamente correto issue): Confraria 1516







Nos últimos anos, o gosto dos bebedores da tradicional loirinha foi se ampliando, com a chegada no mercado interno de várias marcas de cerveja importadas, assim como a expansão de pequenas cervejarias artesanais espalhadas pelo país.

Isso não significa, necessariamente, que preterimos, ou até mesmo diminuímos o consumo de Skol e congêneres por outras cervejas, digamos, mais complexas. Sentar no bar e pagar 3 cruzeiros para beber uma Skol bem gelada num copo americano ainda é insubstituível.

Só que ficou mais fácil encontrar e experimentar cervejas com aromas e sabores mais elaborados, pelo simples ato de saborear, fazendo combinações com comidas, e não só para encher o caneco. É, amigo, a cerveja está deixando de ser o primo pobre do álcool, e tem ganhado respeito entre os entendidos do riscado.

Um dos lugares que se pode encontrar uma boa variedade dessas cervejas em Maringá é na Confraria 1516 (localizada na Av. Curitiba, nº. 289, centro, tel.: (44) 3222-2900). Com cara de pub irlandês, bom atendimento e som agradável, a Confraria 1516 é uma boa pedida para quem quer se aventurar no mundo das brejas.

A carta de cervejas é bem diversificada, abrangendo vários gostos e preços, e vem com espertas sugestões de pratos e aperitivos para acompanhamento. No dia 17 de março, eles fazem uma festa em homenagem a Saint Patrick's Day, padroeiro da Irlanda.

Nesta época do ano, que a friaca chegou chegando, o bom é tomar cervejas encorpadas, de maior teor alcoólico; à medida que a temperatura sobe, é sábio optar por cervejas mais leves.

Rezando nesta cartilha, já que estava numa noite chuvosa e com temperatura de esquimó, bebi a irlandesa über-cool Guinnesss (R$ 18.00). Criada a quase 300 anos, a Guinness leva na sua composição malte irlandês, água de Dublin, lúpulo e levedura (fonte: Wikipédia).

Talvez a única falta foi não servi-la em um pint (copo com cerca de meio litro), como manda a tradição.

Fica a dica.

Ouça: já que o assunto é cerveja, pub, Guinness, a dica musical direto do país do trevo de três folhas não é o enfadonho e vencido U2, mas o sonzaço de “Sometimes”, do My Blood Valentine, do álbum Loveless de 1991.

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Deslembranças da Boemia # 1 - Fábio Moon e Gabriel Bá

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Rei da Esfiha

Não há dúvidas. A melhor comida árabe (libanesa) de Maringá, do Paraná, porventura do Brasil, é a do Monte Libano. Sou fã dessa culinária, e para onde viajo procuro conhecer restaurantes que a sirvam. Já fui em vários, mas nenhum sequer chegou aos pés do Monte Líbano.

Mas se todas as vezes em que tivesse vontade de comer um quibe cru, um baba ghannouj, um homus, etc., eu tivesse que ir ao Monte Líbano, decerto já estaria falido... Sim, todos sabem que o "precinho" dos pratos desse restaurante não é dos mais baixos.

Sorte que o Alan e eu encontramos recentemente uma ótima alternativa para aplacar a vontade de nos fartarmos de uma boa comida libanesa, sobretudo no almoço. É o Rei de Esfiha, aquele box da praça de alimentação do shopping Avenida Center.

Nos almoços, eles servem um buffet por quilo, de comida libanesa, que abrange um bom espectro dessa rica gastronomia. Além dos pratos frios tradicionais (alguns deles já mencionados), também há os quentes, como arroz com lentilhas, arroz com macarrão, abobrinha recheada, charuto de folhas de parreira, etc.

Mas o meu alvo foram mesmo os pratos frios. Primeiro, o quibe cru:


Costumo dizer que os quibes crus podem se classificar em dois gêneros. Aqueles pouco temperados, em que se sente mais o sabor da carne. E os mais temperados, com uma rica mistura de especiarias. O do Monte Líbano se enquadra na primeira categoria; o do Rei da Esfiha, na segunda. Mas é muito bom. A carne é fresca, há correto balanceamento entre as quantidades de carne e trigo, e o tempero é saboroso, sobressaindo-se o alho.

O quibe foi acompanhado pelas pastas. Coalhada seca:


Baba Ghannouj (pasta de tahine - pasta de gergelim - berinjela assada e alho):


E o Hommus (pasta de tahine e grão-de-bico):

 (As fotos não estão aquela beleza porque a iluminação não ajudava, e a câmera não era a "titular"...)

É claro que o ambiente não ajuda muito na experiência gastronômica. Afinal, você estará sentado numa daquelas mesinhas de shopping center, ao lado da escada rolante, com aquele barulho ensurdecedor, debaixo de uma luz fria fluorescente (parece que você está no escritório). Mas convenhamos, para um almoço rápido, pagando R$ 27,90/kg, não dá pra exigir muito.

Se a intenção é serenar aquela vontade incontrolável de comer um bom quibe cru com o mínimo de dinheiro, não há escolha melhor. O custo benefício compensa.

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Em casa: Risoto al Funghi e Batatas Sautées

No post anterior o Tirso revelou que nós "culpados" gostamos de almoçar em diferentes restaurantes. Eu, além de comer bem e bastante (já deu pra perceber, né), também gosto de cozinhar.

Dia desses a Jú e eu resolvemos fazer um Risoto al Funghi, acompanhado de umas Batatas Sautées. Sei que essa combinação é uma redundância de carboidratos. Mas dogmas nutricionais foram feitos para serem quebrados! E a combinação ficou deliciosa.

O risoto, feito com cogumelos secos (hidratados para a receita) e caldo de carne (além de manteiga e um toque de parmesão, para a finalização), ficou desse jeito:



Ficou bem saboroso. Consistência cremosa, arroz arbóreo al dente (nada de "papa" de arroz) e sal no ponto.

Já as batatas, feitas pela Jú, ficaram assim:


Com uma casquinha crocante, cremosa por dentro, perfumada com alecrim, salsa, cebolinha e manjericão, e com aquele gosto penetrante da manteiga (muita manteiga).

A próxima aventura culinária já está marcada: file mignon ao molho de queijo azul.

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Restaurante Escola do Senac em Curitiba

Já escrevi sobre os restaurantes-escola do SENAC aqui. Daquela vez, o review foi do restaurante daqui de Maringá. Desta vez, falarei sobre o de Curitiba.

Tal como eu disse no post anterior, nesses restaurantes-escola o preparo dos pratos e o serviço são feitos por alunos dos cursos profissionalizantes do SENAC, tais como os de chef de cozinha e de garçom. A vantagem disso, é que os protocolos, recomendações e receitas são seguidos à risca (p. ex. os garçons sempre o servem pela direita, etc.)

Se o ambiente do restaurante aqui de Maringá já é bem legal, classudo, o de Curitiba rivaliza com grandes e sofisticados restaurantes:

Já visitei o local várias vezes. Nesta última oportunidade, fui numa terça-feira, dia de buffet temático.

Funciona assim: segundas, quartas e sextas, existe um menu "sugestão da casa", em que lhe é oferecido um menu à francesa fechado de entrada, duas opções de prato principal, e sobremesa; às terças, é servido um buffet com pratos de alguma cozinha típica (francesa, italiana, árabe, etc.); às quintas, há o buffet de barreado. Aos que ainda não conhecem, sugiro ir nos dias de menu fechado! Para saber mais, clique aqui.

Como fui na terça, estava sendo servido o buffet temático mineiro.

Como já havia terminado meus compromissos na capital, e como, por incrível que pareça, Curitiba experimentava um atípico calor norteparanaense, resolvi tomar de entrada uma taça de chardonnay para refrescar.


Era um Puerto Viejo, do Chile. Um chardonnay comum, com uma bonita coloração, pouco ácido e levemente cítrico, com aroma que lembra frutas tropicais (melão). Enfim, não era bem aquilo que eu estava esperando para um dia escaldante (seria melhor um bem ácido e cítrico, muitíssimo mais refrescante).

De comida, comecei com um leitão à pururuca:


Primeiro, pedi pro garçom me servir um pedaço de costeleta. Mas o leitãozinho era tão pequeno que as costeletas estavam absolutamente sem carne. Contentei-me, então, com um pedaço do pernil, que estava suculentíssimo, além de muito bem temperado. Ou seja, exatamente o contrário do estereótipo do assado de porco (ressecado e pouco temperado).

Também experimentei o tutu de feijão com linguiças:


E uma tilápia ao pesto, ou seja, ao  molho de manjericão, azeite e pinole (pequeno pinhão de origem italiana) ou nozes, e alho, todos triturados em pilão ou no processador.


Ambos muito bons. O tutu bastante cremoso e pouco salgado (um defeito recorrente dos tutus). E a tilápia simplesmente sensacional: sautée (salteada) ao ponto para ficar crocante por fora e tenra e suculenta por dentro, com o sabor e o aroma marcantes (herbáceo e levemente picante) do manjericão embebido em farto azeite de oliva.

De sobremesa uma torta de queijo (cheesecake) com cobertura de goiabada cascão. Ou seja, nada poderia ser mais mineiro:


O mais legal é que, como se trata de um restaurante-escola, o cliente tem a oportunidade de usufruir de um ambiente elegante, de uma cozinha sofisticada, de um serviço à francesa perfeito (com exceção dos dias de  buffet), pagando pouco por isso. Esta visita foi feita já há algum tempinho, mas se não me engano o buffet estava R$ 19,00. Nos dias de "menu sugestão", a entrada, o prato principal e a sobremesa saem por cerca de R$ 20,00 a R$ 25,00. Visitem o site, vejam os pratos que compõem esses "menus sugestão" e imaginem quanto esses pratos custariam em um restaurante "normal", como por exemplo o Baco em Maringá.

Para ilustrar, nesta quarta-feira (28/04) a entrada será de peito de prato com gergelim, a primeira opção de principal, talharim tailandês com camarão, a segunda opção, cabrito com iogurte e especiarias e a sobremesa, frutas à moda tailandesa. Tudo isso por R$ 22,50!

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Taiyo

Depois de uma overdose de Garrafologia, um post mais gastronômico. Aliás, nesse meio tempo, foram vários os lugares visitados, as fotos tiradas, mas a falta de tempo (e um pouco de preguiça) tem atrasado os posts.

A vez é do Taiyo, outro clássico das happy hours maringaenses. Ele fica na praça da Igreja Divino Espírito Santo (Pç. Mons. Bernardo Cnudde, 456), e o foco são aperitivos da cozinha oriental. O cardápio é vastíssimo. Nele há acepipes orientais dificilmente encontráveis em outros bares e restaurantes da cidade, desde alguns tipos de tsukemono, até filés de peixe grelhados acompanhados de molhos mais elaborados.

Desta vez, começamos com uma porção de rakkyōzuke, um tsukemono popularmente conhecido aqui no Brasil como "lakiô". É uma conserva levemente adocicada e ácida da raiz de uma planta (allium chinense) do gênero da cebola e do alho (allium). Pode-se ver na foto abaixo, que se trata de uma cebola em miniatura. Mas o "lakiô" só é "lakiô" se for feito precisamente dessa espécie de "cebolinha". Se você tentar fazer a conserva usando aquelas cebolas pequenas, por exemplo, (como aquelas curtidas em vinho tinto, das churrascarias), não conseguirá um "lakiô"; o sabor será totalmente diferente.


Além do rakkyōzuke, ainda provamos um sashimi de tilápia. O diferencial do sashimi do Taiyo, além da qualidade do peixe (fresco, e sem aquele sabor terroso característico de algumas tilápias de pesqueiros/cativeiros), é o corte, em sentido longitudinal (como se pode ver na foto abaixo). Esse tipo de corte modifica a textura do sashimi, que fica mais firme e áspero na boca. Ou seja, tira a mesmice do sashimi de tilápia.


O pedido seguinte foi de palitos de polenta fritos, que estavam ótimos. Crocantíssimos por fora, pastosos pode dentro. Enfim, um exemplo de como servir polenta frita.



Para finalizar, uma fritada de manjubinhas. Não confundir com o lambari, que é peixe de água-doce, enquanto a manjuba vive no mar. O legal das manjubas é comê-las inteiras, com cabeça, espinhos, etc... A porção do Taiyo estava muito bem executada. Frita em óleo bem quente, para que não viesse encharcada.


Depois do ataque dos esfomeados, a generosa porção de manjubas foi reduzida a isto:


O Taiyo é um dos meus lugares preferidos para comer e tomar uma cerveja gelada (geladíssima, uma das melhores da cidade). Os preços são justos (sashimi + polenta + manjuba por aproximadamente R$ 30,00). E as porções, fartas (pôde-se ver pelas fotos).  O único senão é o atendimento. Nada a reclamar da educação ou gentileza dos garçons. Aliás, o dono do estabelecimento também é simpaticíssimo, e sempre passa pelas mesas para cumprimentar os clientes. Apenas acho que o número de garçons é desproporcional ao tamanho da clientela. Há momentos de "rush" em que precisamos fazer de tudo pra chamar a atenção de um bendito garçom. Caso contrário, a garrafa de Skol e os copos ficarão vazios por muito tempo sobre a mesa e, como diria o Freguês, o pó-de-serra se acumulando na garganta...

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Papo de Confraria!!


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Garrafologia: pérolas do cinema


Yves Montad e Marilyn Monroe em Adorável Pecadora (1960):

- Posso levá-la para jantar?
- Vamos ensaiar à noite.
- Nunca conheci uma garota tão difícil de alimentar.


Ouça: The Last Shadow Puppets - Standing Next To Me

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MACANUDO: Liniers



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Flor Café

Não sei vocês, mas domingo para mim é dia de "fazer nada", descansar e dormir bastante e se preparar para a segunda-feira. Até porque não se tem muita coisa para fazer pela cidade, já que o comércio não abre e os programas na televisão não são animadores. Pior ainda para nós mulheres, pois domingo é dia de futebol na televisão, não que eu não goste também de sentar para assistir a um jogo, mas às vezes a gente fica entediada, "cansada de descansar", procurando algo diferente para fazer.


Pois alguns domingos atrás, fui convidada (aliás, convite somente para o "clube da Luluzinha") para o aniversário de uma amiga no Flor Café - Avenida Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2227, fone: 32629526 - um lugar que já tinha conhecimento, porém nunca tinha tido oportunidade de ir.




O lugar é lindo e aconchegante, uma tentação para as mulheres já que o que se tem por ali, desde plantas, móveis, quadros, tudo que faz parte da decoração, tem o preço exposto e você pode comprar e levar para casa. Quem já foi em algum casamento onde a decoração ficou a cargo do Beto Burim sabe do que eu estou falando, já que o Flor Café também é dele.


Mas vamos falar sobre a comida e a bebida.


Como opção servida pela aniversariante, tinham o panini de presunto e queijo, o folhado de bacalhau e o quiche de carne seca. E claro, em prol do blog, 'tive" que experimentar estes dois últimos.




O folhado me impressionou por não apresentar aquele aspecto gorduroso e brilhante de toda massa deste tipo de salgado. O recheio de bacalhau desfiado estava bem generoso, dessalgado na medida certa e temperado de maneira que o recheio ficou bem "molhadinho".




No segundo salgado, a carne de sol, também dessalgada adequadamente, misturava-se com o sabor adocicado da abóbora kabocha (ou cabotiá, etc.). Ainda, a massa não tinha sabor só de farinha e estava consistente o bastante para permitir que pegássemos o quiche na mão para dar uma mordida sem que o recheio caísse. Uma delícia!


Para acompanhar os salgados, tomei um capuccino gelado (que não tinha nada de diferente dos demais oferecidos na região). Ótima opção para um lanche da tarde em um dia super quente.




Como sobremesa, foi servido o bolo de abacaxi com côco, feito pelo local. Só achei que tinha chantilly demais (mas também, qual o bolo de aniversário ou casamento que não vem coberto de chantilly?)


Como era aniversário, não paguei nada, mas dando uma olhadinha no cardápio, se não me engano, o quiche sai por R$ 7,30 e o folhado por R$ 4,90. Um pouco caro para o tamanho dos salgados, no entanto, temos que lembrar que não estamos comendo um pastel de "vento", em pé, na esquina de casa.


Está aí, quem não tiver nada para fazer no domingão e quiser reunir as "Luluzinhas", não que homens também não possam frequentá-lo , o Flor Café é um ótimo local, com espaço amplo (a aniversariante reservou o andar de cima), atendimento de primeira (tínhamos um garçom só para nos servir) e excelente comida. E ainda, se optar por fazer o seu aniversário por lá, será agraciada com rosas...

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O valor da amizade

Charge extraída da Gazeta do Povo
Dia destes, eu vi este texto do (agora) saudoso mestre Armando Nogueira e resolvi repassar para o conhecimento dos amigos, sejam aqueles que encontramos todos os dias ou casualmente, seja em um buteco tomando uma gelada ou no trabalho, mas que sempre estão dispostos a dividir conosco seu tempo e momentos inesquecíveis.

"O Valor da Amizade

Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?

Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos, em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.

Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.

A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal, momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento, passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.

Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão, às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados, acabamos sendo injustos com ele e isso pode ser recíproco.

Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.

Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.

Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido, compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.

São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.

Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.

É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.

Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.
"

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O Rei do Happy Hour - crônicas de viagem

Caro leitor, eu voltei.

Sim, O Rei do Happy Hour acabou se ausentando de seu habitat natural em prol de uma melhora em meu corpo ridiculo, assim com a coluna Garrafologia (a qual o seu escritor, 'apenas para constar': tá com uma barriga "judiada", que beleza!).

Porém, vocês sabem, o blog não pode parar. E Dona Hangover, minha companheira (in)desejável das manhãs, já estava com saudade.

O post de hoje relata uma aventura gastronômica/etílica pelo Rio de Janeiro, na mística Ipanema. Sim, lá mesmo. Vejam vocês, o quituteseacecipes desvenda não somente a vida noturna paranaense, mas se internacionaliza (?!), buscando a plenitude anarco-psico-pato-gastronômica-alucinógena nas grandes megalópoles brasileiras!!!

Mas vamos lá. Cheguei em Ipanema, dei uma volta... E contextualize, caro leitor: com uma câmara na mão, pedindo pra ser assaltado (mas o Sergio Cabral e o Lula disseram que o Rio é "susse like a mousse", então acreditei). Até que encontrei uma chopperia em que um grande BUGIO adornava a entrada. Chamava-se Banana Jack, e tinha um visual meio praiano, hawaiiano. Achei legal, tava sozinho mesmo, então entrei.

Peguei o cardápio e me deparei com as opções: Chopp de Banana, Pinga de Banana, Banana Frita, Drinks diversos de banana, penne de Banana (?!), Carré de Banana (!?).

Jack Johnson
Ahn!? Tudo bem, esqueçam 60% das iguarias que mencionei. Mas garanto: o chopp de banana (que nada mais era que essência de banana em 5 gotas dosadas em conta-gotas, adicionado ao chopp brahma) era incrivel. Tanto que tomei 6 canecos de 500 ml em 15 minutos. Muito prudente.


Pinga de Banana



A sensação de estar me embriagando novamente, me deixou animado. Pra quê ver quanto custa, não é mesmo? Fui tomado pela 'síndrome de milionário', típica de bêbados autistas, e passei a degustar de drinks com nomes temáticos: Jack Sparrow, Jack Nicholson, Jack Johnson - todos à base de vodka, rum, banana, cachaça... Aliás, pedi 3 doses de pinga de Banana... e uma porção de Onion Rings pra (tentar) dar uma rebatida.



Ah, enfim. Sozinho, com uma câmera na mão, comecei a fotografar (como se pode ver pelas fotos), inocentemente, tudo que bebia e comia. Mas nunca, jamás, subestime um bêbado...

O garçom perguntou porque eu tirava fotos, e eu, usando de minha argúcia, respondi:
'- Escrevo para o quituteseACIPES'. (sim, eu errei o nome do Blog).
Caro leitor... nunca fui tão bem tratado. Me senti um enólogo dentro de um festival de vinho. E paguei metade da conta, claro.

Tremam, donos de bares deste Brasil a fora. Sempre haverá um emissário do Quitutes & Acepipes rondando seu estabelecimento, em busca de novidades. E querem saber o veredicto? Ah sim: recomendo, lo-lo-logico. Sempre que o cliente é bem-tratado, tem à sua disposição comida e bebida de qualidade e variedade, o boteco terá seus méritos reconhecidos. Fica a dica.
"Um homem inteligente é as vezes forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens" (Ernest Hemingway - 1899-1961)

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Domingo? Qual opção?

Domingo a noite. Bate aquela fome e você pensa: qual a melhor opção para o final de semana?


Eu digo que uma ótima opção, se você gosta de carnes e de variedade, é passar no Spetinho's Grill Choperia (Av. Tiradentes, nº 133).



Lá pude provar diversos espetinhos, desde o tradicional intercalado (carne, pimentão, cebola e tomate) até o de picanha de porco, sem falar no pão de alho, de queijo coalho e nos de frutas (olha, a Li recomenda aquele de morango com chocolate que, segundo ela, estava uma delícia).




Fica aqui a dica pra quem está sem opção e quer aproveitar um bom aperitivo com uma cerveja ou um chopp gelado.

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MACANUDO - Liniers

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Almocinho de domingo







Aos domingos costumamos rumar para a casa dos pais: jogar conversa fora, arrumar os pratos todos numa mesa grande, andar de pé descalço; enfim, sentir aquela coisa boa que só os lugares mais íntimos trazem.
Esse domingo não foi diferente. Só que o clima (das pessoas e do dia) e a comida estavam tão bons, que não me contive em postar um pedaço da nossa alegria.

Essas foram as fotos do nosso pequeno almoço... E viva a familiagem!

p.s. os ingredientes da salada compramos no Mercadão de Maringá; a moranga está muito barata mesmo na feira do produtor; os camarões... ah, esses vieram direto de Floripa (não tem preço).

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Garrafologia: pílula literária

Extraída do livro “Tripa de cadela e outras fábulas bêbadas”, de SAM SHEPARD

Por ti chorei lágrimas de rodoviária, lágrimas com poeira de estrada perdida, lágrimas e poeira que viraram maquiagem de lama, tijolos d´alma, emendei lotações e fronteiras, gastei botas, mascaras e joelhos... e contei passos de crimes & castigos, por ti esperei em hotéis baratos do centro, porta aberta, mão no coração, faca no peito, por ti bebi como uma mosca caricata de boteco, fiz lirismos chinfrins em guardanapos, sempre começando assim “por ti” etc e algum verbo que representasse um esforço da porra ou o mais puro exibicionismo de uma dor tão gasta que nem mais combinava com os meus drinques caubóis nem muito menos com as minhas elegantes vestes rotas de mendicância, ah, o seu orgulho não vale uma canção triste do Roy Orbinson.

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Super Muffato: picanha estragada


Hoje tem jogo do Coringão na Libertadores. Como de costume, saí do trabalho e fui comprar uns acepipes pra acompanhar a Skol gelada na hora do jogo.

Resolvi passar no Super Muffato, e a picanha estava em promoção, por R$ 18,99. Estranhei que a carne não estava embalada a vácuo, como de costume. Outra coisa que achei diferente, foi o fato de que a picanha havia sido posicionada na bandeja de isopor com a capa de gordura voltada para baixo. Mas o aspecto, a princípio, era de uma carne normal... Resolvi comprar uma pequena peça.

Chegando em casa, abri a bandeja e virei a peça, para ver como estava a capa de gordura. Quase vomitei! A gordura estava esverdeada. O cheiro estava horrível; azedo.

Fiquei indignado.

Mas o jogo do Coringão merecia ser acompanhado de picanha. Troquei a roupa, peguei o carro e fui ao Supermeracado Bom Dia. O mais perto de casa. Comprei outra peça de picanha. Paguei R$ 16,90 o quilo, e a picanha está com a aparência muito bonita. Já a fatiei. Capa de gordura com altura média e a carne propriamente dita está com a consistência, o cheiro e a cor normais e esperadas.

Aliás, quando voltei pra casa, o cheiro da picanha do Super Muffato era simplesmente insuportável. Como ela ficou alguns minutos fora do refrigerador, a podridão deu o ar da graça, empesteando o ambiente.

O Super Muffato até então era uma referência de qualidade de açougue para mim (claro que não se compara com o Ribeiro, lá na Av. Pedro Taques). Mas desta vez me decepcionou profundamente.

O pior é que embalar a carne com a capa de gordura virada para baixo dá indícios de má-fé do estabelecimento, pois faz presumir que houve uma tentativa de ocultar que a carne estava em péssimas condições.

Tenho as fotos da peça estragada. Tenho também fotos comparando a carne podre com a que adquiri depois, no Bom Dia. Mas acho que não convém postá-las aqui. Afinal este é um blog que visa venerar os sabores, os aromas, as cores da boa comida. Uma foto de comida estragada seria uma heresia neste espaço.

Enfim, tomara que a nova picanha (e o tremoço, e o salaminho, e o salgadinho, e a(s) skolzinha(s), e os demais acepipes) me faça esquecer toda essa história.
V48A7AQE49US

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Milão

A despeito das críticas de Dom Gordini, sapientíssimo expert em culinária italiana, que considera o sabor dos pratos do Restaurante e Pizzaria Milão (Av. São Paulo, 453, (44) 3226-2929) "levemente adocicados", a verdade é que o lugar é uma das melhores opções de buffet self service do almoço maringaense. Aliás, ainda discutiremos o gosto duvidoso desse prócer, sobretudo no que respeita ao almoço do La Gôndola.



Em resumo, o que torna o Milão tão bom é uma soma de fatores interessantes.

O ambiente, desde a fachada até o confortável jardim coberto ao fundo é muito bonito e aconchegante (cf. blog da arquiteta responsável, a quem devo os créditos da foto deste post). O fato de estar em um local aberto, ajuda a amenizar o barulho infernal de pratos, garfos, facas e copos batendo, habitualmente existente em restaurantes do gênero.

A variedade de saladas é surpreendente. E há muitas saladas exóticas, tal como a salada árabe, abundantemente temperada com za'atar e folhas inteiras de hortelã e salsa, não encontráveis em outros buffets da cidade. Os pratos quentes também são variadíssimos e, em geral, muito bem executados.

Outro diferencial é a apresentação dos quitutes, sempre caprichada e convidativa ao paladar.

Entretanto, há um defeito grave. O sistema peculiar (e, digamos, burro) que eles usam para anotar as bebidas dos frequentadores. É assim: você se serve no buffet e, ao pesar o prato, a atendente questiona a bebida que você vai pedir. Ela anota o pedido vinculado ao número de sua comanda (cartão) e questiona se você vai se sentar do lado de dentro, ou de fora do restaurante. E pronto.

Sucede que os garçons, para entregar a bebida solicitada, ficam reféns de uma ridícula "procura pelo número de comanda perdido", ou seja, ficam vagando sem rumo por entre as mesas, olhando o número de cada comanda, até achar o bendito dono do suco sobre a sua bandeja! Ora, é de matar! Em dias mais cheios, e nas horas de pico, você nem chega a receber a bebida, porque ela ficou perdida em alguma bandeja com algum garçom-explorador que não encontrou o seu pequeno número de comanda! Como hoje, em que algumas das bebidas que pedíramos não chegaram até o fim da refeição, e tiveram que ser estornadas da conta no momento do pagamento.

E essa sistemática está sendo usada pelo Milão há tempos... Tomara que mudem, pois esse tipo de defeito de atendimento é imperdoável.

Especificamente nesta nossa última visita, houve virtudes e defeitos:

  • O enroladinho de mussarela e presunto recheado com rúcula e tomate seco estava ótimo. Idéia simples, ingredientes comuns, mas que, executada com requinte, tornou-se um prato bem interessante;
  • Pirão de peixe é um dos meus pratos prediletos. Por isso, experimento todos os que vejo pela frente, e posso atestar que o pirão do Milão é ótimo. A consistência é correta (nem muito líquido, nem muito pegajoso), o sabor característico (coentro e leve ardor de pimenta), com o diferencial do toque de pimentões vermelhos e pequenos camarões descascados. Experimentem!
  • A costela de boi assada costuma ser imperdível. Desta vez, erraram no sal. Embora estivesse macia e suculenta como de costume, ela estava praticamente "incomível" em razão do exagero de sal.
  • Numa visita anterior, eu provara a moqueca. E estava deliciosa. Desta vez, o peixe escolhido deixou a desejar. O cação é um peixe difícil. Alguns filés acabam ficando com aroma de amônia (não era o caso deste), e outros apresentam uma consistência muito rígida e áspera, como o usado na moqueca que experimentei nesta visita ao Milão. É verdade que já comi moquecas deliciosas com cação, mas a aspereza e a rigidez do peixe desta vez foi decepcionante, muito embora o tempero estivesse muito bom.

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Spedini - Trattoria Expressa


No último final de semana (14.03 e 15.03.2010) estive em Curitiba/PR.

Cheguei em Curitiba por volta das 16 horas de sábado (14.03.2010), morrendo de fome....após deixar as coisas no hotel, corri para o Shopping Curitiba (o hotel ficava em frente ao shopping) para passear e procurar algo para me alimentar.

Após dar uma voltinha básica no shopping, fui para a praça de alimentação.

A fome era tanta que eu nem conseguia pensar direito, a única coisa que sabia é que precisava de alimento que não fosse sanduíche ou algo do gênero. Assim, após rodar na praça de alimentação lendo o cardápio de quase todos os lugares, optei pelo Spedini - trattoria expressa (especializado em culinária italiana)

O prato que escolhi foi o "trio light risoto+carne+salada".

A salada estava perfeita, embora fosse de alface, tomate e pepino, o molho de alcaparras que a acompanhava era MARAVILHOSO, deu vontade de repetir, mas só não o fiz porque seria gulodice.

A carne que preferi foi o peito de frango grelhado mas....nada demais no sabor e o risoto foi o Calabrês, não precisa nem falar que era de calabresa né. Achei o molho do risoto forte, o que me desagradou bastante e por isso acabei por nem comê-lo direito.

Peço desculpas pela ausência da imagem do prato mas é que a fome era tanta que quando me lembrei que deveria ter tirado a foto....já era....o rango já estava no final.

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Serafinni - Parte II

Mesmo antes de casar, seja na saúde, na doença, nos vários PIs (famosos programas de índio) e em todos os dias de nossas vidas (rs), lá fui eu, de novo, acompanhar o Vicente em uma dessas viagens pelas "grandes" cidadezinhas da redondeza. Mas, todo esforço tem uma recompensa e, como agrado, ele me levou para comer em Londrina (Ufa, imagina o tempo gasto em ter de achar um restaurante bom nas cidadezinhas).

E como prometido, escreverei sobre o meu saboroso almoço no Restaurante Serafinni.


Reforçando o post anterior, eu escolhi, de entrada, a carne de siri gratinada; como prato principal, o filé de tainha às ervas finas acompanhado de risoto de legumes; e de sobremesa, bananas flambadas com sorvete de creme, cujo review ficou por minha conta.

A entrada foi servida na tradicional "conchinha", com carne desfiada de siri, temperada com cheiro verde e uma camada de queijo gratinado por cima. Estava muito boa, com a carne de siri bem temperada e sem estar seca, mas confesso que preferi o carpaccio do Vicente.


Já pelo prato principal, preferi a minha escolha à dele. Adorei os temperos que, tanto no molho de ervas finas da tainha, como no risoto de legumes (cenoura e brócolis) estavam bastante suaves e, apesar dos sabores distintos dos dois, combinaram muito bem, dando aquele toque "leve" ao prato.


E, por fim, a sobremesa, nada "leve": banana cortada ao meio no comprimento, assada com um pouco de canela (coisa que, para mim, não combina nem um pouco, imagina, com a fruta, rs) por cima e colocada "boiando" no caldinho derretido da bola de sorvete de creme. Uma delícia!!! E, apesar de fazer arder a garganta de tão doce, não sobrou nem um pouco no meu potinho, pois nada que uma água intercalando entre uma colherada e outra não resolva o problema!!!


É isso, não querendo ser repetitiva, mas apenas reforçando o post anterior, realmente o lugar é excelente, com uma variedade de comidas, preço justo e atendimento de primeira.

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